Jerusalém (Sexta-feira, 09 de junho)

Daniel Lima

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Hoje foi nosso último dia em Jerusalém e, por isso, encerramos com “chave de ouro”. Começamos no topo do monte das Oliveiras, com uma visão fantástica do Pátio do Templo. Descemos até o Getsêmani e, em um jardim ao lado do local consagrado, pudemos ter um tempo de oração. Dali seguimos para a igreja conhecida como Gallicantu [Canto do galo], ou casa de Caifás. Ali, segundo a Bíblia, Jesus passou sua última noite antes da crucificação. Descemos até um calabouço onde Jesus passou horas pendurado (segundo historiadores), e foi no pátio dessa casa que Pedro negou a Jesus três vezes. Terminamos nosso passeio celebrando a ceia no jardim do Túmulo. Esse local é um dos possíveis lugares onde historiadores acreditam que ocorreu tanto a crucificação como a colocação do corpo de Jesus na tumba. O significado desse evento para a fé cristã é enorme. Trata-se da própria essência do evangelho.

O apóstolo Paulo, ao apresentar o que seria o resumo do evangelho em 1Coríntios 15.3-4, escreve assim: “Eu lhes transmiti o que era mais importante e o que também me foi transmitido: Cristo morreu por nossos pecados, como dizem as Escrituras. Ele foi sepultado e ressuscitou no terceiro dia, como dizem as Escrituras”. Repare que tanto a morte como a ressureição de Jesus são fundamentais para a nossa fé. A ressurreição de Jesus é importante, pois destaca a vitória sobre a própria morte. Não só Jesus pagou por nossos pecados, mas, sendo justo e sendo Deus, a morte não poderia contê-lo. À medida que nos identificamos com ele em nossa conversão, nos identificamos com ele em nossa nova vida.

“Repare que tanto a morte como a ressureição de Jesus são fundamentais para a nossa fé. A ressurreição de Jesus é importante, pois destaca a vitória sobre a própria morte.”

O tema da nova vida aponta para uma verdade única. Jesus não deseja reformar nossa vida. Ele quer nos dar uma vida nova. Pois, se fosse possível uma reforma, sistemas humanos, autodisciplina, pressão social e outros meios poderiam gerar ajustes ou melhorias no comportamento. O que precisamos, no entanto, é de algo totalmente novo. Paulo, uma vez mais, nos instrui a esse respeito em Colossenses 3.1-4:

“Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas. Pois vocês morreram, e agora a sua vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a sua vida, for manifestado, então vocês também serão manifestados com ele em glória.”

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A primeira afirmação do texto é que ressuscitamos com Cristo. Ou seja, caso ele não tivesse ressuscitado, nossa fé seria em vão, pois nada do que será declarado a seguir faria sentido. No versículo 3, Paulo segue explicando que já morremos e que nossa vida está em Cristo. Assim, na realidade da ressurreição repousa a nossa fé. O próprio Paulo fundamenta os versículos seguintes, dando amplas provas da ressurreição – em 1Coríntios 15.5-7 lemos:

“Apareceu a Pedro e, mais tarde, aos Doze. Depois disso, apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais ainda está viva, embora alguns já tenham adormecido. Mais tarde, apareceu a Tiago e, posteriormente, a todos os apóstolos.”

Paulo deixa claro que a ressurreição é passível de verificação. Não é uma realidade simbólica ou um mito dos cristãos primitivos, como alguns teólogos têm afirmado. Repare que Paulo se esforça para acrescentar provas. Esse Cristo que voltou da morte apareceu aos seus discípulos, mas não somente a eles, mas a mais de quinhentas pessoas. E ele ainda acrescenta que a maioria ainda está viva, ou seja, pode ser questionada.

Muitos cristãos, ao serem pressionados, buscam sua base de fé apenas no aspecto místico ou simbólico. No entanto, nossa fé se baseia em provas concretas. Jesus realmente ressuscitou. Seu corpo não ficou na tumba, houve muitas testemunhas. Um dos privilégios daqueles que podem fazer uma viagem assim é testemunhar em primeira mão locais como esse. Minha oração é que, assim como foi conosco, seus corações sejam fortalecidos pelas evidências de nossa fé.

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Daniel Lima (D.Min., Fuller Theological Seminary) serviu como pastor em igrejas locais por mais de 25 anos. Também formado em psicologia com mestrado em educação cristã, Daniel foi diretor acadêmico do Seminário Bíblico Palavra da Vida (SBPV) por cinco anos. É autor, preletor e tem exercido um ministério na formação e mentoreamento de pastores. Casado com Ana Paula há mais de 30 anos, tem quatro filhos, dois netos e vive no Rio Grande do Sul desde 1995. Ele estará presente no 25º Congresso Internacional Sobre a Palavra Profética, organizado pela Chamada.

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