Dominando a língua (Parte 1)

Norbert Lieth

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A Bíblia afirma que a nossa língua é “um mundo de iniquidade” e que ela “contamina a pessoa por inteiro... Com a língua bendizemos o Senhor e Pai e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus” (Tiago 3.6,9).

Na Palavra de Deus encontramos inúmeras orientações e exortações para lidar corretamente com a nossa língua, como por exemplo: “Afaste da sua boca as palavras perversas; fique longe dos seus lábios a maldade” (Provérbios 4.24). Numa tradução mais livre, seria: “Não permita que sua boca pronuncie inverdades; que não saia nenhuma difamação nem engano de seus lábios”. Tudo o que for falso, tudo que distorce a verdade e tudo o que engana é mentira.

Ser obediente com nossa língua não estaria entre as coisas mais difíceis para nós praticarmos? De acordo com uma pesquisa feita entre alemães com idade acima de 14 anos, cada pessoa emite uma mentira a cada 8 minutos: “Isso representa em torno de 200 inverdades proferidas por dia” (Topic, nº 4/2002).

A Bíblia fala muito corretamente sobre nossa língua: “A língua, porém, ninguém consegue domar. É um mal incontrolável, cheio de veneno mortífero. Com a língua bendizemos o Senhor e Pai e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. Da mesma boca procedem bênção e maldição. Meus irmãos, não pode ser assim!” (Tiago 3.8-10).

Segue um caso real:

Um homem rico havia convidado várias pessoas. Ele encarregou o seu chefe de cozinha para preparar o melhor prato para a ocasião festiva. Este se dirigiu ao mercado e comprou línguas – nada além de línguas. Ele as preparou como o primeiro, o segundo e o terceiro pratos. Os convidados elogiaram a fina composição da refeição bem como a sua ideia original. No entanto, eles naturalmente não haviam imaginado que comeriam somente línguas. O anfitrião ficou irritado com isso e mandou chamar o cozinheiro chefe para perguntar: “Eu não lhe mandei comprar o melhor?”. O chefe respondeu: “Existe algo melhor do que a língua? Ela é o laço na vida comunitária, a chave para todo o conhecimento, o órgão que proclama a verdade e a razão. A língua merece gratidão toda vez que são construídas cidades, quando pessoas recebem instrução e formação”.

“Isso é verdade”, concordou o anfitrião, e encarregou o cozinheiro para que comprasse o pior prato para o dia seguinte. Este foi novamente comprar línguas – somente línguas. Novamente ele mandou prepará-las para o banquete. Como os convidados eram os mesmos, eles rapidamente perderam o apetite. O anfitrião sentiu-se envergonhado e zombado. Muito irritado, mandou chamar o cozinheiro: “Afinal, que ideia era essa?”. A resposta foi: “A língua também é a pior coisa que há sobre a terra, é a mãe de todas as brigas e discussões, a fonte de todos os processos, de todas as diferenças de opiniões, o instrumento que agita para a guerra e conduz ao extermínio. Ela é o órgão que espalha o engano e conversas maldosas. Cidades são destruídas por causa dela, vidas humanas são destruídas e pessoas são convencidas a praticar o mal”.

A seriedade de uma língua desenfreada

Uma língua que não está sob o domínio do Espírito Santo destrói qualquer esforço espiritual: “Se alguém se considera religioso, mas não refreia a sua língua, engana-se a si mesmo. Sua religião não tem valor algum!” (Tiago 1.26).

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O Senhor Jesus afirmou certa vez que o homem precisará prestar contas de toda palavra inútil que tiver falado (Mateus 12.36). Assim, tudo está registrado no céu.

Série Dominando a Língua

  1. Dominando a língua (Parte 1)
  2. Dominando a língua (Parte 2)

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Norbert Lieth nasceu em 1955 na Alemanha, sendo missionário na América do Sul entre 1978 e 1985. Casado, tem 4 filhas. Hoje faz parte da liderança da Chamada da Meia-Noite em sua sede, na Suíça. O ponto central de seu ministério é a palavra profética, sendo autor de diversos livros e conferencista internacional. Ele estará presente no 25º Congresso Internacional Sobre a Palavra Profética, organizado pela Chamada.

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