Corinto, Grécia (Sexta-feira, 26 de maio)

Daniel Lima

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Hoje o dia começou com uma viagem de ônibus de cerca de uma hora. Saímos de Atenas e seguimos até o canal de Corinto, e depois até as ruínas desta cidade. Paramos diante da Bema, ou o local do tribunal daquela época. Ali Atos 18 nos relata que Paulo, após pregar ao longo de 18 meses, foi levado diante do procônsul romano, Gálio. Este, percebendo que a questão levantada não lhe dizia respeito, dispensou todos de seu tribunal (Atos 18.1-17).

O local exato é incerto, mas, de qualquer forma, ficava na praça principal de Corinto. Ali as autoridades julgavam os casos, diante de todos que quisessem participar. Quando Paulo escreve ao cristão de Corinto, anos mais tarde, em 1Coríntios 6.6 lemos: “Mas, em vez disso, um irmão vai ao tribunal contra outro irmão, e isso diante de descrentes!”. 

O que importa é nosso caminhar com Deus, a paz que pode guardar nossa mente e coração, o descanso em depender do Senhor e reconhecê-lo como Justo Juiz.

Paulo reconhece que teríamos questões entre nós, ao mesmo tempo, ele insiste que estas não deveriam se levadas diante de incrédulos. O julgamento nesse local era não só público, mas, com frequência, a pena era levado a cabo pelo próprio público. Nesse contexto, um litígio entre dois irmãos teria uma grande chance de cair em sensacionalismo e certamente envergonharia o evangelho.

Enquanto andávamos ali, fiquei refletindo que a maioria dos casos de conflito que tenho assistido entre cristãos são mais fruto de autodefesa, justiça própria, orgulho ferido ou simples egoísmo. Tendo pastoreado por mais de trinta anos, assisti, e confesso que algumas vezes me envolvi, em brigas e disputas. Algumas eram fúteis e se encaixariam na lista acima, outras eram mais sérias e exigiam que alguém atuasse como árbitro imparcial. No entanto, a argumentação de Paulo é que deveríamos, caso injustiçados e prejudicados, sofrer o prejuízo ou a injustiça! (1Coríntios 6.7-8).

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Mas como poderia eu aceitar sofrer uma injustiça ou um prejuízo? Como não lutar por justiça própria? Eu acredito que a principal razão é que não percebemos o que é importante nessas situações. Fixamo-nos em nossa percepção de justiça ou nossa expectativa de lucro ou prejuízo, e perdemos de vista o que realmente importa.

O que importa é nosso caminhar com Deus, a paz que pode guardar nossa mente e coração, o descanso em depender do Senhor e reconhecê-lo como Justo Juiz. Ainda preciso aprender muito sobre isso, mas oro por mim e por você, para que antes de arrastarmos uns aos outros diante do mundo, envergonhando o nome de Cristo, estejamos dispostos a imitar Jesus, que “não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo” (Filipenses 2.6-7).

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Daniel Lima (D.Min., Fuller Theological Seminary) serviu como pastor em igrejas locais por mais de 25 anos. Também formado em psicologia com mestrado em educação cristã, Daniel foi diretor acadêmico do Seminário Bíblico Palavra da Vida (SBPV) por cinco anos. É autor, preletor e tem exercido um ministério na formação e mentoreamento de pastores. Casado com Ana Paula há mais de 30 anos, tem quatro filhos, dois netos e vive no Rio Grande do Sul desde 1995. Ele estará presente no 25º Congresso Internacional Sobre a Palavra Profética, organizado pela Chamada.

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