Saudação final: parte 3 (5.12-14)
Em 1Pedro 5.13, lemos no final: “... e o mesmo faz o meu filho Marcos”. Por que não deveria ser um verdadeiro filho de Pedro? Pedro era casado e pode-se presumir que ele teve pelo menos um filho (Marcos 1.30).
Como não há nenhuma indicação no próprio texto de que Pedro se refere a qualquer outra pessoa, devemos deixar por isso mesmo. Pois, quando Paulo escreve sobre Timóteo ou Tito como seus filhos, ele explica o que quis dizer com isso: “A Timóteo, verdadeiro filho na fé” (1Timóteo 1.2a). “Ao amado filho Timóteo” (2Timóteo 1.2a): aqui sabemos de 1Timóteo que ele quer dizer seu filho na fé. “A Tito, verdadeiro filho, segundo a fé comum” (Tito 1.4a).
Se alguém está pensando em João Marcos, então é sobre o Marcos que escreveu o evangelho de mesmo nome, que aparentemente foi transmitido a ele por Pedro. Este Marcos era primo de Barnabé e inicialmente companheiro de Paulo e Barnabé (Colossenses 4.10).
Já no versículo 14a, lemos: “Saúdem uns aos outros com um beijo fraterno”. Trata-se de um convite para responder às instruções de Pedro. Dessa forma os leitores mostrariam que eles levam a sério as declarações do apóstolo ao longo de sua carta e as afirmam em todos os aspectos. Hoje em dia, preferiríamos fazer um cumprimento de mãos. Portanto, não se trata do “beijo” como tal, mas do entendimento mútuo, da expressão visível da unidade espiritual, do encontro público, a fim de declarar o acordo mútuo.