O comportamento das esposas: parte 3 (3.1-6)
Nos versículos 5 a 6, Pedro menciona um testemunho sobre as mulheres judias da antiga aliança e dá destaque para Sara: “Pois foi assim também que, no passado, costumavam se enfeitar as santas mulheres que esperavam em Deus, estando cada qual sujeita a seu próprio marido. Foi o que fez Sara, que obedeceu a Abraão, chamando-o de ‘senhor’, da qual vocês se tornaram filhas, praticando o bem e não temendo perturbação alguma”.
A Bíblia relata que Sara era uma mulher “muito bonita” (Gênesis 12.11); em certa situação, Deus também deu razão à Sara em relação a Abraão, dizendo que este deveria atender ao pedido dela (veja Gênesis 21.9-13). Tudo isso demonstra que uma mulher que se submete ao seu marido pode ter sua própria opinião, podendo inclusive defendê-la. Certa vez, quando Sara falava para si mesma, ela chamou Abraão de “meu senhor”. O texto completo é assim: “Por isso Sara riu em seu íntimo, dizendo consigo mesma: ‘Depois de velha, e velho também o meu senhor, terei ainda prazer?’” (Gênesis 18.12).
As santas mulheres do Antigo Testamento, ao colocarem toda a sua esperança em Deus, estavam exemplarmente enfeitadas com o adorno de um espírito suave e calmo.
Aqui vemos como ela considerava Abraão em seu íntimo. Ela valorizava seu marido e o respeitava. Existe, sim, o perigo de expressarmos publicamente algo diferente daquilo que realmente pensamos em nosso íntimo. Sara, porém, em seu coração mantinha o marido com alto conceito, apesar de Abraão também ter as suas fraquezas.
As santas mulheres do Antigo Testamento, ao colocarem toda a sua esperança em Deus, estavam exemplarmente enfeitadas com o adorno de um espírito suave e calmo.
Lembremos de Rebeca, que foi presenteada com joias (Gênesis 24.22,24,53). No entanto, em seu primeiro encontro com Isaque, ela desceu do camelo e se cobriu com o véu, o que era um sinal de submissão (Gênesis 24.65).
Agora Pedro dirige-se às mulheres, chamando-as de filhas daqueles exemplos e as incentiva a fazerem o bem e a não permitirem ser intimidadas. Elas não precisam se submeter à pressão da sociedade, nem permitir que sejam intimidadas pelos seus maridos incrédulos se elas forem obedientes à Palavra de Deus. Elas também não precisavam temer que seriam exploradas, pois poderiam depositar todas sua esperança em Deus.