A conduta diante do Pai (1.14-17)

Norbert Lieth

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“Como filhos obedientes, não se deixem amoldar pelos maus desejos de outrora, quando viviam na ignorância. Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem, pois está escrito: ‘Sejam santos, porque eu sou santo’. Uma vez que vocês chamam Pai àquele que julga imparcialmente as obras de cada um, portem-se com temor durante a jornada terrena de vocês” (1Pedro 1.14-17).

Como vimos no estudo anterior, sobre o versículo 13, a graça nos conduz para a obediência. A graça que recebemos deve nos incentivar a não cair novamente na vida pregressa.

Pessoas sem Cristo são chamadas de “filhos da desobediência” (Efésios 2.2). Pessoas que se decidiram a favor de Cristo são chamadas de “filhos obedientes”.

Todo o nosso procedimento (todas as áreas da vida diária) devem ser determinadas pela obediência, de modo a portarmos a mentalidade de Jesus: “Sejam santos, porque eu sou santo”. O sentido de santidade não é viver de forma legalista, mas de ser separado por Deus e para Deus, colocando-nos plenamente ao lado dele.

A citação “sejam santos, porque eu sou santo” provém do Antigo Testamento e enfatiza novamente o caráter judeu da carta, que mesmo assim se dirige a todos os crentes (Levítico 11.44; 20.26).

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O texto do verso 17 nos apresenta quatro fatos:

1. Uma vez que vocês chamam Pai. Apelamos a Deus como Pai, o que é uma manifestação colossal da graça. No Antigo Testamento, ninguém dizia “Pai” a Deus, exceto o povo de forma coletiva, mas não o indivíduo israelita – nem sequer Davi, Daniel ou Moisés. Jesus foi o primeiro que tratou Deus como Pai. Por meio dele nascemos de novo, tornando-nos filhos de Deus, podendo dirigir-nos a Deus assim como ele fazia.

O sentido de santidade não é viver de forma legalista, mas de ser separado por Deus e para Deus, colocando-nos plenamente ao lado dele.

2. Aquele que julga imparcialmente as obras de cada um. Por ser Pai, ele tem um relacionamento pessoal com cada um dos seus filhos individualmente, e por isso também vai julgar todo mundo. Um bom pai não dá preferência a nenhum dos filhos, como também não prejudica nenhum dos seus filhos em favor de outro. Seu empenho será educar cada um de forma justa e adequada.

3. Portem-se com temor. Precisamos ter medo de Deus? É trágico quando filhos precisam ter medo do pai. Algumas mães cometem o equívoco de advertir seus filhos de que, se não obedecerem, elas contarão o que foi feito ao pai quando este voltar do trabalho à noite. Trata-se de um erro na educação, porque dessa forma as crianças ficam com medo da chegada do pai. Obediência deve ser corrigida diretamente.

Não precisamos ter medo de Deus, pois “no amor não há medo” (1João 4.18). O temor do qual a Bíblia fala tem o sentido de “reverência” ou “respeito”. Tomar Deus pela palavra, levá-lo a sério e respeitar o que ele requer – é disso que se trata.

4. Durante a jornada terrena de vocês (cf. 1Pedro 2.11). Como filhos de Deus, está claro que nos tornamos estrangeiros neste mundo. Nossa pátria é outra e nascemos de novo com essa pátria celeste como origem. Agora requer-se de nós que vivamos neste mundo pelos padrões da nova pátria e não mais de acordo com a antiga.

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Norbert Lieth nasceu em 1955 na Alemanha, sendo missionário na América do Sul entre 1978 e 1985. Casado, tem 4 filhas. Hoje faz parte da liderança da Chamada da Meia-Noite em sua sede, na Suíça. O ponto central de seu ministério é a palavra profética, sendo autor de diversos livros e conferencista internacional. Ele estará presente no 25º Congresso Internacional Sobre a Palavra Profética, organizado pela Chamada.

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