Nosso dever na educação dos filhos

Eberhard Platte

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Educação de filhos não é brincadeira de criança. Os desafios diários no relacionamento com a geração seguinte fazem com que pais, professores e avós saibam disso muito bem. Mas será que precisa ser assim? E por que isso acontece?

A maioria dos pais começa na esperança ingênua de que “no fim, vai dar tudo certo...”. E, então, ficam admirados quando não dá certo. É estranho: para cada profissão há uma formação específica. O que pensaríamos se alguém colocasse professores ou educadoras de jardim de infância sem formação para cuidar de nossas crianças, deixando que agissem como bem entendessem? Mas os verdadeiros educadores da nação, os pais biológicos, continuam sendo “amadores”, que praticam a educação de forma casual, como em um jogo de azar diário. No entanto, uma educação feita de improviso acaba sendo uma educação desprovida de qualidade.

Deus, por sua vez, leva a educação dos filhos muito a sério, e faremos bem em refletir seriamente a respeito dela antes que a “criança vá para o brejo”.

Filhos são um presente de Deus (Salmo 127.3)
Será que temos consciência de que nossas crianças não são produto ou propriedade de seus pais? Da mesma forma, estão longe de ser um acidente da natureza, mesmo quando não foram desejadas e planejadas.

Será que percebemos que, ao nos dar filhos, Deus está nos confiando um “material” extremamente valioso? Nós os recebemos por empréstimo. Do ponto de vista biológico, o ser humano é “apegado ao ninho”. Em comparação com muitas espécies de animais, o ser humano precisa passar ainda muito tempo no ninho, sendo cuidado e alimentado, antes de poder “voar”. Deus confia os filhos a nós por um período de cerca de 20 anos; depois disso, precisamos entregá-los à independência.

Somos responsáveis pela educação que damos aos nossos filhos. Se nós não os instruirmos, outros o farão.

Mas isso também significa que, durante o período em que estiverem conosco, precisamos educá-los de acordo com os critérios daquele que os emprestou. Por isso, prestamos contas a Deus pela educação que lhes damos. Desse fato, também decorre que precisamos refletir sobre quais objetivos nossa educação deve alcançar e que valores queremos transmitir. Isso significa que, antes mesmo do nascimento dos nossos filhos, precisamos definir como e com que objetivo vamos educá-los. Deus disse o seguinte a respeito de Abraão – muito antes de Isaque nascer:

Pois eu o escolhi, para que ordene aos seus filhos e aos seus descendentes que se conservem no caminho do Senhor... (Gênesis 18.19)

Isso deixa claro que a educação de filhos não é mera transmissão de regras, mas uma atitude de coração da parte do educador.

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Como pais, somos responsáveis pela educação que damos aos nossos filhos. Se nós não os instruirmos, outros o farão. Por isso, também precisa ficar claro para nós que é igualmente nossa responsabilidade escolher a quem confiaremos a educação e formação escolar de nossas crianças. Originalmente, a educação em nossa cultura sempre foi uma preocupação dos cristãos. Basta lembrarmos dos esforços pedagógicos de Martinho Lutero, August Hermann Francke, Comenius, George Müller e Karl Duisberg, para citar apenas alguns. Mas nós cristãos delegamos essa tarefa educacional ao governo. Consequentemente, a geração de hoje não foi mais educada de acordo com a visão bíblica do ser humano; antes, seu padrão de vida agora é determinado pelo humanismo e pelo iluminismo, pelo relativismo e pela ausência de valores. É aqui que encontramos as causas da decadência moral, ética, cultural e religiosa da nossa geração.

Nós cristãos precisamos entender o tamanho da responsabilidade que Deus nos deu em relação à geração seguinte. Que nossas famílias voltem a refletir sobre os objetivos, os valores e os caminhos da educação!

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