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A transfiguração e a perspectiva humana

“Aproximadamente oito dias depois de dizer essas coisas, Jesus tomou a Pedro, João e Tiago e subiu a um monte para orar. Enquanto orava, a aparência de seu rosto se transformou, e suas roupas ficaram alvas e resplandecentes como o brilho de um relâmpago.” (Lucas 9.28-29)


Algum tempo atrás, subi com o teleférico numa montanha com três mil metros de altitude. Estava bastante nublado quando embarquei. Havia pesadas nuvens cobrindo todo o vale. Foi dada a partida e fomos levados para cima em meio ao nevoeiro e nuvens. Quando alcançamos determinada altitude, algo maravilhoso subitamente aconteceu: como num golpe, o manto de nuvens se abriu e a brilhante luz do sol iluminou a cabine. Um límpido céu azul abriu-se acima de nós. Quem poderia ter imaginado isso estando sob o denso nevoeiro! Para cima havia o claro frescor do verão e, olhando para baixo, via-se as nuvens cobrindo o vale.

Com esse acontecimento novamente fui lembrado claramente do quanto muitas vezes o nosso horizonte é limitado. Cremos apenas naquilo que vemos. O que está acima disso... imaginamos que não existe.

Os discípulos de Jesus também viam apenas aquilo que estava diante de seus olhos. Subitamente, no entanto, o Senhor lhes abriu a visão para uma realidade invisível, pós-terrena e celestial: os discípulos acompanharam Jesus para o alto de um monte. Eram três discípulos do círculo mais íntimo, mencionados várias vezes: Pedro, João e Tiago. Quando estavam no monte com Jesus, subitamente o céu se abriu diante deles. Agora eles viam quem Jesus realmente é. Eles enxergaram a luz da glória divina em seu rosto e que as vestes dele se tornaram brancas e brilhantes.

Muitas vezes o nosso horizonte é limitado. Cremos apenas naquilo que vemos.

Lutero traduz esse acontecimento com o termo “transfiguração”. “Transfiguração” significa que a claridade de Deus se torna visível, que a glória se revela. Pouco antes disso, Jesus havia perguntado aos seus discípulos: “Quem vocês dizem que eu sou?”. E Pedro havia falado as poderosas palavras: “O senhor é o Cristo enviado por Deus!” (Lucas 9.20). Agora essa palavra era confirmada pelo Pai celestial.

O apóstolo Pedro ficou tão impressionado com esse acontecimento que relatou sobre ele em sua segunda carta: “De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando falamos a vocês a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; ao contrário, nós fomos testemunhas oculares da sua majestade. Ele recebeu honra e glória da parte de Deus Pai, quando da suprema glória lhe foi dirigida a voz que disse: ‘Este é o meu filho amado, de quem me agrado’. Nós mesmos ouvimos essa voz vinda dos céus, quando estávamos com ele no monte santo” (2Pedro 1.16-18).

É maravilhoso ver como Deus sai de sua glória esplendorosa e se revela a nós, simples homens, por meio de seu Filho. Conseguimos ouvir a voz dele? Estamos dispostos a nos encontrar com ele?

Deus é luz, e diante dele as trevas fogem. 
Se a ele pertencemos, vivemos na luz. 
Deus é luz, e diante dele as trevas fogem
Por meio de nosso Senhor Jesus.

Onde falta a alegria, onde o pecado oprime,
Jesus a nossa noite ilumina.
Ele morreu por nós, deu seu precioso sangue,
Nos concede novo ânimo e alegria.

Não está na luz quem só fala de amor,
Mas não ama o irmão em seu coração.
Quando ao outro alguém dá valor:
Aqui alguém praticou uma boa ação.

Deus somente é luz, um raio alegre
Que dele vem iluminar nosso coração.
Iremos entender o que ainda não se vê
Ao entrarmos em sua gloriosa mansão.

Lothar Gassmann

 

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