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A fonte de água da vida

“Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva” (João 7.37-38)


Com alegria vocês tirarão água das fontes da salvação.” (Isaías 12.3)

Estamos em Jerusalém, no ano 30 d.C. Era outono. Um clima festivo dominava a cidade. Milhares de pessoas se dirigiram ao templo. Cabanas com forquilhas e folhagens em ruas, pátios e terraços foram construídas. Isso lembrava dos tempos de Moisés, quando Israel morou em tendas no deserto durante 40 anos. Por isso essa festa é chamada de Festa das Cabanas.

A divertida festa é comemorada durante sete dias em que são trazidas ofertas a Deus em gratidão pela colheita. Durante sete manhãs, um sacerdote – acompanhado por muitos peregrinos – desce até o tanque de Siloé, no vale de Cedrom, onde enche sua jarra de ouro com a água do tanque e a leva ao templo, para o altar dos holocaustos.

Nesse altar há duas vasilhas de prata preparadas. Numa delas ele derrama a água e na outra, vinho do sacrifício. A água e o vinho são derramados sobre o altar, misturam-se e então fluem por canos subterrâneos para o vale de Cedrom. Isso serve de alusão ao tempo em que o Messias virá, pois então fluirá uma torrente de água viva desde o templo, para a cura da terra e das pessoas – foi o que o profeta Ezequiel anunciou (Ezequiel 47.1-12).

Chegou então o sétimo dia, o ponto alto da Festa das Cabanas. Também nesse dia o sacerdote buscou água no tanque de Siloé e a derramou sobre o altar. Enquanto isso, homens israelitas, numa procissão festiva, andam ao redor do altar; contudo, não só uma vez, como faziam nos outros dias, mas sete vezes. Eles pediam chuvas a Deus e cantavam jubilosamente a promessa do livro de Isaías: “Com alegria vocês tirarão água das fontes da salvação” (Isaías 12.3).

O que Jesus disse não era nada menos de que nele se cumprem todas as expectativas dos israelitas – e de toda a humanidade.

Subitamente aconteceu algo inusitado. Surgiu um homem que falou em alta voz: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva” (João 7.37-38). Era Jesus. O que ele disse não era nada menos de que nele se cumprem todas as expectativas dos israelitas – e de toda a humanidade. Com a sua vinda iniciava-se a era da salvação. Os rios de água viva não fluiriam somente no templo do fim dos tempos, mas já fluiriam do seu corpo e permeariam todas as pessoas que creem nele.

Esses rios de água viva saíram de Jesus, de forma dupla, já logo após a Festa das Cabanas. Por um lado, na crucificação, quando o soldado perfurou o lado de Jesus recém-falecido com uma lança e dele saiu sangue e água. Ali ele verteu sangue para nos salvar. Por outro lado, após a ascensão, quando ele enviou o Espírito Santo sobre seus discípulos, no Pentecoste. No evangelho de João, com frequência, a água viva é utilizada como figura para o Espírito Santo. Feliz é quem vive dessa água da vida e transfere aos outros os frutos que dela crescem!

Bebam da água da vida, e vossa sede será saciada!
Com o Espírito Santo fica repleto quem bebe dessa água.
Comam do pão da vida! Vejam a oferta do Senhor!
Com isso, sua vida e sua morte pertencem ao professor.

Ouçam a voz do Pastor, que suas ovelhas vigia!
Ninguém as toma dele, nem de noite, nem de dia.
Ele se dispôs a sacrificar-se, a sua vida entregou.
Quem ouve a sua voz sabe: a ele devedor eu sou.

Lothar Gassmann

 

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